domingo, 4 de abril de 2010

Túnel do tempo (Knorren)

KNORREN

Constitui o baixo da canção. De forma alguma pode faltar ali onde imprime o grave e o profundo. Onde em companhia de tour mais alto, configura o claroscuro do canto roller. Pertence aos tours rodantes, contínuos e se distingue da hohlrolle porque a consoante r soa com maior força e inclui outras.

Segundo VAN NUFFEL – especialista belga: “Um repertório sem Knorren é como um prato de sopa sem sal”. Para que um Knorren seja considerado muito bom, é preciso que dê as vogais u e o. Bom será se emitir a consoante a e ruim ou nasal com a consoante e e ee.

Com estas vogais aparecem as consoantes: r (duplamente e forte), k e n.

O texto seria o seguinte:

Knorr Knoorr Knurr

Korr Korr Korr

Knoer Knoer Knoer

Krorr Krorr Krorr

Karr Karr Karr, etc.

Não se aceita um Knorre emitido de bico aberto. Neste caso o som seria agudo e um ruído semelhante ao que produz o som de uma capa estirada ao vento. Temos dito que Knorre é um tour rodante, por isso chama atenção quando se afirma que pode concorrer em mesmas formas separadas, semelhante aos tours descontínuos. Isto em verdade não é assim. Não se pode conceber um movimento de Klingel, por exemplo, que é separado, junto a um movimento rodante como é o Knorre. Aqui se trata de Gluck-Knorre, que difere do Knorre comum em que neste a consoante r se repete com celeridade, dando impressão redonda ou cerrada. Em tempo, no Gluck-Knorre a emissão da consoante r se dá de forma pausada, deixando intercalar com a consoante L, que dá a impressão de um golpeado de descontinuidade, sem ser. Assim, podemos dizer que a tour Gluck-Knorre tenha uma consoante à mais que a Knorre comum e para que esta consoante se pronuncie é necessário dar-lhe tempo ou proporcionar-lhe espaço. Anotamos que a tour pode ser golpeada por sobreposição de sílabas.

Chama-se Ronde-Knorre – Knorre lento ou redondo: aquele o qual se manifesta um duplo o (oo), suscitando um som que é mais lento e cabal. Estamos na presença de um Knorre cerrado, global, redondo.

Hohl-Knorre – Esta é outra forma adicional de Knorre e apresenta características especiais as quais convém pontuar. Quando a consoante r cai em forma apenas perceptível deixando ouvir um duplo o, acompanhada de um som quase sobreposto de vogal ü como soa oferecer em Hohlrolle, temos a sensação de estar escutando dois pássaros a um mesmo tempo. Esta circunstância forja um tour duplo, as vezes difícil de diferenciar do Knorre comum. Seu nome diz claramente: se trata de um Knorre oco onde se escutam as vogais quase com precedência da consoante r, que de acordo com o já expressado, era um dos elementos que se deixava ouvir com maior força que em Hohlrolle.

Quando as vogais u e o são substituídas por outras de menos valor o tour perde qualidade. Com o uso da consoante a, o som resultante é plano, chato e pobre (pelo menos, é o que se considerava em outra época). Com a consoante e, se torna aquoso, nasal e amplo. O mesmo resulta as manifestações de Knorre demasiadamente curtas, soltas, lentas e irregulares.

Todo o exposto sobre a tour Knorre pode produzir no aprendiz, certa confusão. Não deve ser assim, quando se escuta um oo, já basta para sabermos que estamos diante de um Knorre de certa qualidade. Os demais conhecimentos se assimilarão progressivamente com o tempo após escutarmos canários de diversos valores e modalidades. Os tours simples, porém de qualidade, são os que devem prevalecer em todo canário que integre um plantel de um criador que preza a qualidade.

(Texto extraído do livro “Tratado de Canaricultura Roller” do Dr. Evaristo R. Fratantoni, publicado em 1956. O autor é Juiz de Canto Roller pela Federação Argentina de Canaricultura e Juiz pela Associação Ornitológica Internacional). Espero que o presente texto seja de bom uso e esclarecedor para aqueles que prezam pela valorização e crescimento da canaricultura de canto Harzer.

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